quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

MANIFESTO MAÇÔNICO CONTRA O DESCASO À CULTURA E À EDUCAÇÃO

   Os maçons da Soberana Grande Loja Maçônica do Brasil lamentam uma vez mais o extremo descaso à cultura e à educação brasileira por parte do governo público deste país. A recente notícia do fechamento de um dos maiores e mais importantes museus de história natural do Brasil e também a mais antiga instituição científica do país trouxe grande desalento ao sentimento de esperança que temos em relação à verdadeira ordem e ao efetivo progresso nacional. O Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, é só mais uma das centenas de instituições que sofre por falta de recursos e de interesse público pelo Brasil afora.
    O Museu, criado por D. João VI em 1818, é vinculado ao Ministério da Educação e, segundo uma nota em seu próprio site, interrompe suas atividades por tempo indeterminado, pois “aquela instituição que deveria ser a ‘Pátria Educadora’, conforme promessa da presidente Dilma Roussef em sua posse, a UFRJ (que mantém o museu) não tem recebido os recursos que lhe cabem, inclusive para pagamento das empresas que prestam serviços de limpeza e portaria ao Museu”.
  A maçonaria brasileira tem o dever moral e uma grande oportunidade de mostrar seu valor intervindo radicalmente nesta situação, expondo abertamente o caso e conclamando seus obreiros e obreiras a protestar, denunciar e vociferar contra estes descalabros cometidos por um governo corrupto e sem escrúpulos, deixando à míngua importantíssimas instituições como o Museu Nacional, que são responsáveis  pela formação e a educação científica e cultural de brasileiros e estrangeiros que tomam tais locais como referência intelectual internacional.
  No Paraná e na cidade de Curitiba, igualmente os Irmãos desta obediência observam museus, centros culturais e instituições educacionais serem sucateadas, abandonadas e deixadas à beira do esquecimento, tendo suas portas fechadas frequentemente por falta de recursos financeiros e de qualquer ação mínima de valorização destes espaços. Não fosse pela dedicação, muitas vezes voluntária, de funcionários e colaboradores que doam suas vidas pela manutenção dos museus que abrigam a história, a arte e a cultura da cidade e do Estado, há tempos instituições como o Museu Paranaense (com quase 140 anos de existência), o Solar do Barão (conhecido por ser a antiga casa de um dos maiores heróis brasileiros, o Barão do Serro Azul, e que hoje é importantíssima referência no cenário da formação de artistas), e o Museu de Arte Contemporânea do Paraná (um dos mais antigos do Brasil), estariam agora com suas atividades encerradas e apenas na memória do seu povo. É lamentável visitar tais espaços e encontra-los, muitas vezes, abandonados e com exposições improvisadas e decadentes, onde se evidencia a vontade dos funcionários em manter a qualidade museográfica mas que se faz gritante o esquecimento e o descaso público numa esfera maior.
   É nosso dever, como maçons que somos e intimamente ligados a instituições como estas que contam também a história e os feitos de nossas Obediências Maçônicas ao longo dos séculos, agirmos num momento como este, onde a esfera pública federal, estadual e municipal se isentam da responsabilidade do cuidado e da manutenção da nossa cultura regional, nacional e mundial.
   A Soberana Grande Loja Maçônica do Brasil se solidariza com o Museu Nacional e coloca-se em Pé e à Ordem para defender seus interesses, a todo custo, que são também os da sociedade!

R.’.B.’. - Sereníssimo Grão Mestre Adjunto da Soberana Grande Loja Maçônica do Brasil

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