quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

O VERDADEIRO MAÇOM REGULAR

O Verdadeiro Maçom Regular



A Soberana Grande Loja Maçônica do Brasil, nos últimos dias, assim como ocorrido em tantas Lojas e Obediência Maçônicas (ou apenas organizações místicas e religiosas), observou um típico caso de agressão e ignorância que fez os Irmãos e Irmãs de seu quadro voltar à reflexão acerca da tão discutida Regularidade Maçônica. Um indivíduo intitulando-se maçom há 29 anos postou comentários na Fan Page da Obediência no Facebook questionando e vociferando injúrias e agressividade excessiva aos membros da Ordem, acusando-nos de “irregulares” e “mentirosos” pelo fato da participação de mulheres em nosso meio em pés de igualdade, como verdadeiras maçonas, venerando Lojas e até mesmo ocupando, como há alguns anos atrás, o cargo de Grã-Mestras da Obediência.

Não nos é necessário, obviamente, mencionar o nome do indivíduo e nem questionarmos sua filiação e veracidade de identidade, uma vez que não nos atemos a questões tão ínfimas. Não é nossa intenção retribuirmos na mesma moeda. Coube-nos, porém, como investigadores da verdade e procurando lapidar nossas imperfeições, refletir sobre o ocorrido como forma de entendimento do cenário maçônico na atualidade. São algumas possíveis conclusões destas reflexões que compartilhamos com Irmão de todo orbe por meio deste breve artigo, com o intuito de reavaliarmos nossa forma de pensar a tríade que nos representa: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

A internet se tornou uma terra de ninguém, onde grupos ou indivíduos que comungam de uma mesma opinião se unem para atacar seus adversários sem escrúpulo algum, esquecendo-se das mais básicas regras sociais de respeito, educação e temperança. Atrás de seus computadores a maioria das pessoas é tomada por uma suposta coragem para agredir, ofender e impor suas opiniões sem o mínimo de discernimento e consciência em suas ações. Observando sites, blogs, perfis pessoais e Fan Pages de maçons espalhados pelo país e pelo mundo, o comportamento é o mesmo. Não é preciso muito trabalho para observar a ostentação de vaidades por parte de Irmãos que exibem seus aventais e insígnias em meio às Lojas e até mesmo no mundo profano, trazendo consigo sempre uma opinião pétrea e segura sobre o que pensa, sem declinar respeitosamente à opinião alheia. No entanto, também sem muito esforço, analisando comentários postados e artigos publicados, inúmeras são as manifestações de preconceito, de arrogância e de falta de conhecimento que crescem como pragas neste terreno fértil de ervas daninhas. E aqueles que querem se aparecer, conseguem seus quinze minutos de fama facilmente. É claro que a necessidade de expressão sempre foi algo latente no homem, e tais discussões relacionadas à divergência de opiniões sempre foram presentes na história da humanidade. Sem elas, muitos feitos, revoluções e progressos sociais jamais teriam êxito. Mas como em toda guerra, há regras a serem seguidas, e tentar propagandear algo de si mesmo com o intuito de demonstrar superioridade é algo que não muda a opinião de ninguém.

Se analisarmos a(s) história(s) da(s) maçonaria(s) - para aqueles que de fato estudam, e não apenas papagaiam o que escutam de outros – perceberemos como as divergências de opiniões geraram rixas, conflitos, cisões e a formação de diversas outras Potências, maçônicas ou não, ao redor do mundo. E tudo muito antes da famosa Constituição de Anderson de 1723. No Império Bizantino, em seus mais de mil anos de duração, as divergências teológicas foram temas centrais da sociedade política e religiosa deste período, onde jamais se chegou a um acordo a respeito, por exemplo, da natureza de Deus. Resulta daí a cisão da Igreja em Apostólica Romana e Ortodoxa. A palavra “ortodoxo”, inclusive, vem do grego orthos (correto) e doxo (opinião). O que seria, necessariamente, a “opinião correta”? De qual ponto de vista ela é gerada? Quem a define? Com quais interesses?

São estas as perguntas que devemos fazer quando apontamos se algo é verdadeiro ou não. É evidente que devemos estar atentos para os espertalhões, charlatões e enganadores que usam de suas verdades com interesses próprios relacionados ao poder, à luxúria e ao alimento de suas vaidades. É com eles que devemos ser implacáveis e justiceiros, em honra ao juramento que prestamos. A Maçonaria, como é sabido, tem sua “oficialização” a partir de interesses da coroa inglesa da qual Anderson era servo, episódio da história, inclusive, muito pouco conhecido e estudado de forma séria pelos maçons. Isso anula, no entanto, a existência da Maçonaria antes de 1723? Teria ela surgida por um sopro divino, quase como que um milagre em meio aos ingleses daquela época? E maçons que não fossem aclamados pelo documento de Anderson, não existiriam? Não seria muita prepotência considerar que apenas um único grupo em determinado episódio da história fosse detentor de todo e qualquer poder em relação à Maçonaria apenas por definir dogmaticamente sua existência? Por este prisma, seriam cristãos então apenas os católicos? Os demais seriam todos falsos enganadores e inimigos de Deus?

Não temos a intenção de denegrir os que crêem e seguem os princípios maçônicos de acordo com todos os Landmarks advindos do período mencionado. Sem eles, talvez nem seríamos o que somos hoje. Respeitamos, acima de tudo, toda e qualquer forma de se fazer maçonaria, seja ela reconhecida por Grandes Lojas pelo mundo ou não, mista (formada por homens e mulheres, ricos e pobres), ou não. O mundo é muito vasto e sua história muito ampla para alimentarmos a falsa ilusão de que somos detentores de uma única verdade. Para a Soberana Grande Loja Maçônica do Brasil, os mesmos princípios que definem, por exemplo, um cristão, ou seja, suas ações, definem também um maçom. Reconhecemos a todos os que se fizeram maçons e que enxergaram a Luz única e exclusivamente pelos Sinais, Toques e Palavras, seja este homem ou mulher advindo de qualquer parte do mundo. Reconhecemos e acolhemos os maçons com a hospitalidade e generosidade que juramos prestar, a qualquer um que delas mereça por suas ações. Respeitamos todos com suas diversas opiniões, desde que se façam respeitar e que saibam que suas verdades também não são únicas.               

Irmãos e Irmãs, de obediências maçônicas ou não, saibamos utilizar a tolerância e a temperança. Não sejamos como a maioria que só procurar afastar ainda mais os obreiros de perto de si com sua arrogância e egoísmo, traindo, assim, uma das mais importantes premissas de nossos juramentos. Maçons de todo orbe, com cinco, vinte ou trinta anos de maçonaria, sejamos parte de uma nova geração de obreiros pensantes, livres do fanatismo e forjados no fogo brando para uma luta que não deve ser travada entre nós mesmos, mas sim contra a corrupção que assola nosso país, contra as injustiças sociais e contra os jubelos que teimam em se manifestar em nossos corações, porque o mundo já está farto destas desgraças, e transformarmos nossas Lojas e Obediências em uma arena de rinha de galos só nos levará à nossa própria derrocada.

Estejamos em Pé e à Ordem para o mundo, e tenhamos em mente que a regularidade maçônica se define apenas pelas boas ações que empreendemos advindas de nosso espírito pacientemente lapidado nos mistérios de nossa ordem universal.



Ir.’. Rui Barbosa 33.’.

G.’.M.’. Adjunto da S.’.G.’.L.’.M.’.B.’.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

DIA INTERNACIONAL DO MAÇOM - 22 DE FEVEREIRO

“Dia Internacional do Maçom”

22 de fevereiro

A criação do dia 22 de fevereiro como “DIA INTERNACIONAL DO MAÇOM”, representa uma justa homenagem a um grande maçom, que antes de tudo, após a sua luta pela Independência de seu país, preferiu como forma de governo, uma República Democrática, transformando-se num dos Grandes vultos da História Universal.

O GOB – Grande Oriente do Brasil, através do Decreto Nº: 003, de 10/02/95, seu Grão-Mestre Francisco Murilo Pinto, atendeu à recomendação da reunião das mais importantes potências Maçônicas do mundo, e passa a comemorar o DIA INTERNACIONAL DO MAÇOM, no dia 22 de fevereiro, com plenas justificativas maçônicas e históricas.

HISTÓRIA

Nos dias 20, 21 e 22 de fevereiro de 1994, realizou-se em Washington, nos Estados Unidos, a Reunião Anual dos Grãos-Mestres das Grandes Lojas da América do Norte (Estados Unidos, Canadá e México).

Estiveram presentes como Obediências Co-Irmãs, a Grande Loja Unida da Inglaterra, a Grande Loja Nacional Francesa, a Grande Loja Regular de Portugal, a Grande Loja Regular da Itália, O Grande Oriente da Itália, a Grande Loja Regular da Grécia, a Grande Loja das Filipinas, a Grande Loja do Irã (no exílio); além do Grande Oriente do Brasil, a delegação chefiada pelo Grão-Mestre Francisco Murilo Pinto, que ali estava como observador.

Ao encerramento dos trabalhos, o Grão-Mestre da Grande Loja Regular de Portugal, Ir. Fernando Paes Coelho Teixeira, apresentou uma sugestão aprovada pelos Grãos-Mestres de todas as Grandes Lojas dos Estados Unidos e mais as do México e Canadá, no sentido de fixar o dia 22 de fevereiro como o DIA INTERNACIONAL DO MAÇOM, a ser comemorado por todas as Obediências reconhecidas, o que foi aprovado.

Por que 22 de fevereiro?

No dia 22 de fevereiro de 1732, em Bridges Creek, na Virginia (EUA), nasceu GEORGE WASHINGTON, o principal artífice da independência dos Estados Unidos. Nascido pouco depois do início da Maçonaria nos Estados Unidos – Vale ressaltar que a Maçonaria nos Estados Unidos teve início em 23 de abril de 1730, no estado de Massachussets, dois anos antes-. George Washington foi iniciado em 04 de novembro de 1752, na “Loja Fredericksburg Nº: 04″, de Fredericksburg, no estado da Virginia; elevado ao grau de Companheiro em 1753, e exaltado a Mestre em 04 de agosto de 1754.

Representante da Virginia no 1º Congresso Continental (1774) e Comandante das forças coloniais (1775) dirigiu as operações, durante os cinco anos da Guerra de Independência, após a declaração de 1776. Ao ser firmada a paz em 1783, renunciou à chefia do Exército, dedicando-se então aos seus afazeres particulares.

Em 1787, reunia-se, em Filadélfia, a Assembléia Constituinte, para redigir a Constituição Federal e Washington, que era um dos Delegados da Virginia; é eleito por unanimidade para presidi-la. Depois de aprovada a Constituição, havendo a necessidade de se proceder à eleição de um Presidente, figura nova na política norte-americana, Washington, pelo seu passado, pela sua liderança, e pelo prestígio internacional de que desfrutava, era o candidato natural e foi eleito por unanimidade, embora desejasse retornar à vida privada e dedicar-se às suas propriedades.

O Primeiro Presidente Norte-Americano GEORGE WASHINGTON, sendo um forte defensor da democracia, permitiu que o seu país emergisse como uma nação verdadeiramente voltada aos interesses do povo. Foi eleito por mais duas vezes ao cargo, mas após o final de seus mandatos, ele não tentou permanecer no poder. Então estabeleceu a organizada e pacífica passagem de poder de um líder eleito para outro – um precedente que sempre permaneceu em vigor em toda a história dos Estados Unidos.

Segundo alguns biógrafos de George Washington, este não era um grande pensador ou orador, assim como outros líderes americanos anteriores tais como Thomas Jefferson, James Madison ou Benjamin Franklin.

O legado do primeiro presidente norte-americano continua até hoje. A capital do país, Washington D.C. (Distrito de Colúmbia), recebe seu nome. Uma nação agradecida reconhece que sua grandeza se deve em grande parte a homens como Washington, que lutaram para criar um país baseado nos ideais de “vida, liberdade e a busca pela felicidade”. Mesmo que a história americana não seja impecável, a nação provou ser uma fonte de liberdade, oportunidade e riqueza para norte-americanos e imigrantes de outras nações do mundo.

Como Presidente da República norte-americana, nunca olvidou a sua formação maçônica: ao assumir o seu primeiro mandato, em abril de 1789, prestou o seu juramento constitucional sobre a Bíblia da “Loja Alexandria Nº: 22″, da qual fora Venerável Mestre em 1788; em 18 de setembro de 1783, como Grão-Mestre pro-tempore da Grande Loja de Maryland, colocou a primeira pedra do Capitólio – o Congresso norte-americano – apresentando-se com todos os seus paramentos e insígnias de alto mandatário Maçom.


Faleceu em sua casa em 14 de dezembro de 1799, seu sepultamento ocorreu no dia 18, em sua propriedade de Mount Vernon, numa cerimônia fúnebre Maçônica, dirigida pelo Reverendo James Muir, capelão da “Loja Alexandria Nº: 22″, e pelo Dr. Elisha C. Dick, Venerável Mestre da mesma Oficina.